segunda-feira, 30 de novembro de 2015


Plantas Criptógamas

  • possuí sistema de produção de gametas pouco visível. 
Exemplos: samambaias, avencas, hepáticas e musgos.


Subgrupos de criptógamas:


Briófitas: vegetais que não têm vasos especializados para a condução da seiva. São plantas de tamanho pequeno.


- Pteridófitas: vegetais que possuem vasos para o transporte da seiva. São plantas de tamanho grande. São também chamadas de plantas vasculares.



Plantas Fanerógamas



  • Têm seus sistemas produtores de gametas bem visíveis. São conhecidas também como plantas espermatófitas, pois produzem sementes.
Exemplos: pinheiros, cicas, roseiras, mangueiras, laranjeira, limoeiro, macieira e coqueiro.


Subgrupos de fanerógamas:

Gimnospermas: são os vegetais que não produzem frutos, embora possuam sementes.




Angiospermas: as sementes destas plantas ficam alocadas dentro de frutos. Estes frutos são originários do desenvolvimento do ovário das flores.



Reino Plantae


  São organismos eucariontes pluricelulares autótrofos.Conhecidos por vegetais ou plantas de suas mais diversas espécies. Este é de longe considerado o reino mais importante, isto porque foram as plantas que deram início à vida na Terra há milhões de anos.
   As plantas são consideradas o primeiro elo da Cadeia alimentar, sustentando até hoje toda a vida na Terra, pois são a base da cadeia alimentar para os mínimos organismos como fungos, bactérias. Não podemos esquecer que num mundo cada vez mais industrializado e dominado pelo capitalismo as plantas são de importância vital para o equilíbrio da quantidade de gás carbônico (CO2) na nossa atmosfera.

Existem plantas terrestres e aquáticas. As terrestres vivem fixas no substrato; as aquáticas flutuam ou vivem submersas na coluna de água, aderidas ou não a um substrato.

As células das plantas apresentam-se revestidas por parede celular. A parede celular é um reforço de celulose externo à membrana plasmática e permeável à água. Sua função é aumentar a resistência mecânica e garantir formato mais constante à célula.

Todas as plantas contêm cloroplastos com clorofilas a e b. Outros pigmentos, como o caroteno, também podem estar presentes.

Características


Podemos citar como características para os representantes deste reino :
seres pluricelulares e eucariontes, ou seja, que possuem núcleo celular definido.
São autótrofos, capazes de produzir seu próprio alimento através de processos como a fotossíntese,
Algumas plantas são incapazes de produzir alimento para si próprias, e é a este tipo de vegetal que damos o nome de parasita (elas se agregam a outras estruturas de seres vivos para que possam sobreviver com os nutrientes necessários).
Os vegetais possuem celulose em sua parede celular, além de cloroplastos e ventrículos no interior das células.


Classificação


   As plantas podem ser classificadas de acordo com vários aspectos, o primeiro deles está relacionado com a presença ou ausência de flores:
  • Fanerógamas: Aquelas que possuem flores e uma estrutura reprodutora visível . 
  • Criptógamas: Estrutura reprodutora não se encontra visível e não possui flores ou sementes. 
  • Podemos classificá-las de acordo com a presença ou não dos vasos condutores de água e sais minerais e de matéria orgânica. como vasculares e avasculares. 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Chave de Correção


  1. D
  2. A
  3. A
  4. D
  5. C

Exercícios sobre Fungos


Questão 1

Muitas pessoas, ao avistarem um fungo em uma mata, pensam que aquela estrutura é um vegetal. Apesar da semelhança física, essas estruturas diferenciam-se das plantas por:

a) Serem organismos eucariontes.

b) Serem organismos procariontes.

c) Serem organismos autotróficos.

d) Serem organismos heterotróficos.


Questão 2

Os fungos são organismos importantes na cadeia alimentar, pois, juntamente a bactérias, são responsáveis pelo processo de decomposição. Essas espécies nutrem-se de matéria orgânica morta, sendo chamadas de:

a) sapróbias.

b) parasitas.

c) autotróficas.

d) patogênicas.


Questão 3

O corpo de um fungo multicelular é formado por filamentos que recebem o nome de (1). O conjunto desses filamentos forma o (2), que constitui o corpo do fungo, entretanto essa estrutura não é considerada um tecido verdadeiro.

Marque a alternativa que indica corretamente os nomes indicadas pelos números 1 e 2.

a) 1- hifas; 2- micélio.

b) 1- micélio; 2- hifas.

c) 1- corpo de frutificação; 2- hifas.

d) 1- micélio; 2- corpo de frutificação.


Questão 4


(Vunesp- SP) A parte comestível do cogumelo (champignon) corresponde ao:

a) micélio monocariótico do ascomiceto.

b) corpo de frutificação do ascomiceto.

c) micélio monocariótico do basidiomiceto.

d) corpo de frutificação do basidiomiceto.

e) sorédio do fungo.


Questão 5


(Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que apresenta uma característica AUSENTE no reino Fungi.

a) Reprodução assexuada.

b) Respiração anaeróbia.

c) Célula procariótica.

d) Nutrição heterotrófica.

e) Relação mutualística.

Principais doenças causadas por Fungos


  • Tinea do corpo: micose superficial da pele, caracterizada por machas arredondadas com presença de coceira.



  • Tinea da cabeça: micose superficial que se desenvolve no couro cabeludo, formando falhas no cabelo. Contagiosa, é muito comum em crianças.


  • Tinea da virilha: micose superficial que causa bastante coceira. Atinge pernas e virilhas.


  • Pitiríase versicolor: micose superficial que atinge principalmente áreas com grande oleosidade. Formam manchas brancas com presença de descamação.


  • Candidíase: doença causada por fungos que pode afetar tanto a pele quanto as membranas mucosas. Dependendo da região afetada ela poderá ser classificada como candidíase oral, intertrigo, vaginal, onicomicose ou paroníquia.



  • Histoplasmose: infecção fúngica.



  • Onimicose (micose das unhas): infecção causada por fungos e que atinge as unhas. 





Como Evitar?



Devemos seguir alguns procedimentos básicos:

  1. Enxugar bem todas as partes do corpo ao sair do banho;
  2. Usar roupas frescas e bem limpas, principalmente na época de altas temperaturas;
  3. Não andar descalço em locais úmidos e de grande circulação de pessoas (vestiários, saunas, etc.);
  4. Não compartilhar instrumentos de manicure;
  5. Evitar usar meias de tecidos sintéticos. As de algodão são as mais recomendadas;
  6. Evitar contato físico com pessoas que estão com doenças de pele (muitas micoses são contagiosas);
  7. Em caso de suspeita, procurar rapidamente um dermatologista ou médico clínico geral. Identificar e tratar com rapidez doenças deste tipo é fundamental para que ela não aumente e possa se espalhar pelo corpo.

Liquens


Os liquens são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação.

A natureza dupla do liquen é facilmente demonstrada através do cultivo separado de seus componentes. Na associação, os fungos tomam formas diferentes daquelas que tinha quando isolados, grande parte do corpo do liquen é formado pelo fungo.



A microscopia eletrônica mostra as hifas de fungo entrelaçadas com a alga.


Morfologia


Normalmente existem três tipos de talo:
  • Crostoso: o talo é semelhante a uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato.





  • Folioso: o talo é parecido com folhas





  • Fruticoso: o talo é parecido com um arbusto e tem posição ereta.



Reprodução


  • Os liquens não apresentam estruturas de reprodução sexuada. 
  • O micobionte pode formar conídios,ascósporos ou basidiósporos.
  •  As estruturas sexuadas apresentam forma de apotécio. 
  • Os esporos formados pelos fungos do liquen germinam quando entram em contato com alguma clorofícea ou cianobactéria.
  • O fotobionte se reproduz vegetativamente. 
  • Pode se reproduzir assexuadamente por sorédios, que são propágulos que contém células de algas e hifas do fungo, e por isídios, que são projeções do talo, parecido com verrugas. 
  • Também pode se reproduzir por fragmentação do talo.



Habitat


  • Os líquens possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões.
  • São organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico. 
  • Podem viver em locais como superfícies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. 
  • Existem liquens que são substratos para outros liquens.
  • A capacidade do liquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação.
  • Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. 
  • Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, apresentam baixa taxa de crescimento.





Importância Econômica


  • Os liquens produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. 
  • Esses ácidos também possuem ação citotóxica e antibiótica.
  • Quando a associação é com uma cianobactéria, são fixadores de nitrogênio, sendo importantes fontes de nitrogênio para o solo.
  • São extremamente sensíveis à poluição, sobrevivendo de bioindicadores de poluição, podendo indicar a qualidade do ar e até quantidade de metais pesados em áreas industriais.
  • Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais.

Reprodução Sexuada

Ciclo reprodutivo:
  1. Fungos aquáticos: há a produção de gametas flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos. 
  2. Fungos terrestres: existe um ciclo de reprodução no qual há produção de esporos por meiose. 
Desenvolvendo-se, esses esporos geram hifas haploides que posteriormente se fundem e geram novas hifas diploides, dentro dos quais ocorrerão novas meioses para a produção de mais esporos meióticos. A alternância de meiose e fusão de hifas (que se comportam como gametas) caracteriza o processo como sexuado.

A figura abaixo ilustra um ciclo de reprodução genérico, válido para a maioria dos fungos. 

  • Muitos alternam a reprodução sexuada com a assexuada. 
  • Em outros, pode ocorrer apenas reprodução sexuada ou apenas a reprodução assexuada.




De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos se inicia com a fusão de hifas haploides, caracterizando a plasmogamia (fusão de citoplasmas). 
Os núcleos haploides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica, n + n).

Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diploides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haploides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).

Algumas curiosidades merecem ser citadas a respeito da fase sexuada da reprodução:

  1. Antes de ocorrer plasmogamia, é preciso que uma hifa "atraia" a outra. Isso ocorre por meio da produção de feromônios, substâncias de "atração sexual" produzidas por hifas compatíveis;
  2. Em muitos fungos, após a plasmogamia decorre muito tempo (dias, meses, anos) até que ocorra a cariogamia;
  3. A produção de esporos meióticos, após a ocorrência de cariogamia, se dá em estruturas especiais, freqüentemente chamadas de esporângios.

Classificação dos Fungos



Trata-se de um grupo muito antigo (mais de 540 milhões de anos) e existem muitas dúvidas a respeito de sua origem e evolução.





Quitridiomicetos:
  • Constituídos por cerca de 790 espécies, são os prováveis ancestrais dos fungos.
  • Vivem em meio aquático e em solos úmidos próximos a represas, rios e lagos. 
  • Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e, muitas vezes, parasitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. 
  • Algumas espécies causam considerável prejuízo em plantas de cultivo (alfafa e milho).




Ascomicetos:
  • Com cerca de 32.000 espécies, são os que formam estruturas reprodutivas sexuadas, conhecidas como ascos, dentro das quais são produzidos esporos meióticos, os ascósporos. 
  • Incluem diversos tipos de bolores, as trufas, as Morchellas, todos filamentos, e as leveduras (Saccharomyces sp.), que são unicelulares.




Basidiomicetos:
  • Com cerca de 22.000 espécies, são os que produzem estruturas reprodutoras sexuadas, denominadas de basídios, produtores de esporos meióticos, os basidiósporos. 
  • O grupo inclui cogumelos, orelhas-de-pau, as ferrugens e os carvões, esses dois últimos causadores de doenças em plantas.



Zigomicetos:
  • Com cerca de 1.000 espécies, são fungos profusamente distribuídos pelo ambiente, podendo atuar como decompositores ou como parasitas de animais. 
  • Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em frutas, pães e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.





Deuteromicetos:
  • Constituem um grupo de fungos que não se enquadra no dos anteriores citados. 
  • Em muitos deles, a fase sexuada não é conhecida ou pode ter sido simplesmente perdida ao longo do processo evolutivo. 
  • Reproduzem-se assexuadamente por meio da produção de conidiósporos. 
  • A esse grupo pertencem diversas espécies de Penicillium (entre as quais a que produz penicilina) e Aspergillus (algumas espécies produzem toxinas cancerígenas).



Fungos Unicelulares


À primeira vista, parece que todo o fungo é macroscópico. Existem, porém, fungos microscópicos, unicelulares. Entre estes, pode ser citado o Saccharomyces cerevisiae, utilizado para a fabricação de pão, cachaça, cerveja etc., graças à fermentação que ele realiza.

Saccharomyces: fungos unicelulares. Note que os pequenos brotos são novos indivíduos que estão sendo formados por reproduçãoo assexuada.


Fungos Pluricelulares


Os fungos pluricelulares possuem uma característica morfológica que os diferencia dos demais seres vivos. 
  1. Seu corpo é constituído por dois componentes: o corpo de frutificação é responsável pela reprodução do fungo, por meio de células reprodutoras especiais, os esporos.
  2. O micélio é constituído por uma trama de filamentos, onde cada filamento é chamado de hifa.

Na maioria dos fungos, a parede celular é complexa e constituída de quitina, a mesma substância encontrada no esqueleto dos artrópodes.

O carboidrato de reserva energética da maioria dos fungos é o glicogênio, do mesmo modo que acontece com os animais.


Tipos de Hifas


Dependendo do grupo de fungos, as hifas podem apresentar diferentes tipos de organização. Nas hifas cenocíticas, presentes em fungos simples, o fio é contínuo e o citoplasma contém numerosos núcleos nele inserido.

Fungos mais complexos, possuem hifas septadas, isto é, há paredes divisórias (septos) que separam o filamento internamente em segmentos mais ou menos parecidos. Em cada septo há poros que permitem o livre trânsito de material citoplasmático de um compartimento a outro.







Tipos de hifas - Pelos poros das hifas septadas ocorre trânsito de citoplasma e de núcleos de uma célula para outra. Nos fungos, os núcleos são haploides.




Reprodução nos fungos

Reprodução Assexuada



Fragmentação


A maneira mais simples de um fungo filamentoso se reproduzir assexuadamente é por fragmentação: um micélio se fragmenta originando novos micélios.

Brotamento


Leveduras como Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento ou gemulação. 
Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do genitor mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células.

Laranja contaminada com Penicillium sp, vista a olho nú.

Esporulação


Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose, células abundantes, leves, que são espalhadas pelo meio. Cada células dessas, um esporo conhecido como conidiósporo (do grego, kónis = poeira), ao cair em um material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo mofo, bolor etc.

Para a produção desse tipo de esporo a ponta de uma hifa destaca-se do substrato e, repentinamente, produz centenas de conidiósporos, que permanecem unidos até serem liberados. É o que acontece com o fungo penicillium, que assim foi chamado devido ao fato de a estrutura produtora de esporos - o conídio - se assemelhar a um pincel.
Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados de flagelos, uma adaptação à dispersão em meio líquido. Por serem móveis e nadarem ativamente, esses esporos são chamados zoósporos.

Micografia eletrônica de varredura mostrando o corpo de frutificação do Penicillium sp. frequente bolor encontrado em frutas. 
Os pequenos e leves esporos esféricos (conidiósporos) brotam de conídios que surgem na extremidade de uma hifa especializada, o conidióforo.

Reino Fungi



Os fungos são popularmente conhecidos por:

  1. Bolores.
  2. Mofos. 
  3. Fermentos. 
  4. Levedos.
  5. Orelhas-de-pau.
  6. Trufas.
  7. Cogumelos-de-chapéu (champignon). 
É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente.


Os Fungos e sua Importância

Ecológica


Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como:
  1. Saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; 
  2. Parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. 
Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.

Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.




Fungos apodrecendo o morango.

  • Fungos saprófagos: são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias saprófagas, eles compõem o grupos dos organismos decompositores, de grande importância ecológica. No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por outros organismos.
Apesar desse aspecto positivo da decomposição, os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de madeira utilizada em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios prejuízos econômicos. 
  • Fungos parasitas: provocam doenças em plantas e em animais, inclusive no homem.


  • A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungo; as pequenas manchas negras, indicando necrose em folhas, como a da soja, ilustrada a seguir, são devidas ao ataque por fungos.


Folha da soja com sintomas da ferrugem asiática.





Em muitos casos os fungos parasitas das plantas possuem hifas especializadas - haustórios - que penetram nas células do hospedeiro usando os estomas como porta de entrada para a estrutura vegetal. Das células da planta captam açúcares para a sua alimentação.

Dentre os fungos mutualísticos, existem os que vivem associados a raízes de plantas formando asmicorrizas (mico= fungo; rizas = raízes). Nesses casos os fungos:
  1. Degradam materiais do solo.
  2. Absorvem esses materiais degradados.
  3. Transferem à planta, propiciando-lhe um crescimento sadio. A planta, por sua vez, cede ao fungo certos açucares e aminoácidos de que ele necessita para viver.


Algumas plantas que formam as micorrizas naturalmente são o tomateiro, o morangueiro, a macieira e as gramínias em geral.

As micorrizas são muito frequentes também em plantas típicas de ambientes com solo pobre de nutrientes minerais, como os cerrados, no território brasileiro. Nesses casos, elas representam um fator importante de adaptação, melhorando as condições de nutrição da planta.

Certos grupos de fungos podem estabelecer associações mutualísticas com cianobactérias ou com algas verdes, dando origem a organismos denominados líquens.


Econômia


Muito fungos são aeróbios, isto é, realizam a respiração, mas alguns são anaeróbios e realizam a fermentação.

Destes últimos, alguns são utilizados no processo de fabricação de bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. 
Nesses processos, o fungo utilizado pertence à espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o açucar em álcool etílico e CO2(fermentação alcoólica), na ausência de O2. Na presença de O2 realizam a respiração. Eles são, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.

Na fabricação de bebidas alcoólicas o importante é o álcool produzido na fermentação, enquanto, na preparação do pão, é o CO2. Neste último caso, o CO2 que vai sendo formado se acumula no interior da massa, originando pequenas bolhas que tornam o pão poroso e mais leve.

Camembert

O aprisionamento do CO2 na massa só é possível devido ao alto teor de glúten na farinha de trigo, que dá a "liga" do pão. Pães feitos com farinhas pobres em glúten não crescem tanto quanto os feitos com farinha rica em glúten.

Imediatamente antes de ser assado, o teor alcoólico do pão chega a 0,5%; ao assar, esse álcool evapora, dando ao pão um aroma agradável.

Alguns fungos são utilizados na indústria de laticínios, como é o caso do Penicillium camemberti e do Penicillium roqueforte, empregados na fabricação dos queijos Camembert e Roquefort, respectivamente.



Roquefort


Algumas espécies de fungos são utilizadas diretamente como alimento pelo homem. É o caso da Morchellae da espécie Agaricus brunnescens, o popular cogumelo ou champignon, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.

Morchella

Agaricus

Chave de Correção



  1. E
  2. D
  3. A
  4. A
  5. D

Exercícios sobre o Reino Protista


Questão 1


O reino Protista atualmente é conhecido como Protoctista, englobando uma diversidade de seres vivos que não apresentam ancestralidade em comum (polifiléticos). Os organismos presentes neste reino são eucariontes, uni ou pluricelulares e podem ou não realizar fotossíntese. Os principais grupos presentes neste reino são:

a) Moneras e Protozoários

b) Protozoários e Fungos

c) Algas e Moneras

d) Fungos e Algas

e) Protozoários e Algas

Questão 2


Qual das alternativas abaixo apresenta substâncias economicamente importantes extraídas da parede celular de algas vermelhas e utilizadas na indústria de alimentos?

a) Amido e Celulose

b) Laminarina e Paramilo

c) Agar e Celulose

d) Carragena e Agar

e) Dióxido de Silício e Agar

Questão 3


Os protozoários são organismos que em sua maioria habitam o ambiente aquático, entretanto, não apresentam parede celular. Eles apresentam como mecanismo para eliminar o excesso de água absorvido, em ambiente dulcícola, uma estrutura que permite a osmorregulação. Essa estrutura é conhecida como:

a) Vacúolos contráteis

b) Pseudópodes

c) Membrana Plasmática

d) Flagelos

e) Cílios

Questão 4


(PUC-SP) O barbeiro é o transmissor de um parasita que causa uma doença no homem. Assinale a alternativa que indica respectivamente o parasita e a doença:

a) Tripanossoma – doença de Chagas

b) Leishmania – úlcera de Bauru

c) Tripanossoma – doença do sono

d) Bactéria – furúnculo

e) Ameba - disenteria

Questão 5


(PUC-SP) O filo Protozoa é subdividido em quatro classes: Sarcodínea, Mastigophora, Sporozoa e Ciliophora.

A característica considerada para tal classificação é:

a) o modo de reprodução

b) a presença ou ausência de carioteca

c) a composição química do pigmento fotossintetizante

d) a estrutura de locomoção

e) a composição química do citoplasma

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Reprodução das Algas



  • Reprodução assexuada: Bipartição ou divisão binária (nas formas unicelulares), por fragmentação do talo (um pedaço do filamento da alga se desprende e origina outro filamento por mitose e por esporulação (formação de células resistentes, os esporos).

  • Reprodução por alternância sexuada e assexuada, de indivíduos haploides e diploides: O indivíduo diploide (2n) produz esporos (n) por meiose e , por isso, é chamado de esporófito. Os esporos germinam e produzem indivíduos haploides (n), que formam gametas. Por isso, os indivíduos haploides são chamados de gametófitos. A união dos gametas origina um zigoto diploide, que se desenvolve em um esporófito, reiniciando o ciclo.




Algas vermelhas ou rodofíceas





  • Possuem pigmentos carotenoides, clorofila a e ficoetrina e ficobilina, responsáveis por sua cor vermelha. 
  • Armazenam um glicídio semelhante ao glicogênio - o amido das florídeas. 
  • Quase todas são pluricelulares, marinhas e variam muito de tamanho, desde formas microscópicas até formas com 3m de comprimento.
  • Na parede celular há, além de celulose, ágar e carragenina, polissacarídeos que podem ser utilizados como estabilizantes em sorvetes, ou para das consistência a alimentos industrializados (cremes, pudins, sorvetes, etc.) e para fazer cápsulas de medicamentos, cosméticos e moldes dentários, entre outras aplicações.

Algas pardas ou feofíceas





Essas algas são:

  • Quase todas marinhas, macroscópicas e pluricelulares.
  • Possuem clorofilas a e c associadas a carotenoides, principalmente a fucoxantina, responsável plea cor marrom. 
  • Na parede celular há celulose e outras substâncias, como as alginas ou alginatos, usados como espessante (para das consistência) em sorvetes, cremes, pudins, cremes dentais, etc. 
  • Seu açúcar de reserva é um polissacarídeo típico do grupo, a laminarina.
  • Algumas vezes, seu corpo apresenta partes que se assemelham à raiz, ao caule e à folha das plantas superiores e são chamadas:
  1. Rizoides.
  2. Cauloides.
  3. Filoides ou lâminas.

Algas verdes ou clorofíceas







Nessas algas a cor verde da clorofila predomina sobre a de outros pigmentos.

  • Possuem clorofilas a e b, pigmentos carotenoides, parede celular de celulose e reserva de amido. 
  • Pode haver formas unicelulares móveis (com flagelos), imóveis, coloniais ou de vida livre e espécies pluricelulares de vários tamanhos e formas. 
  • São mais frequentes em água doce e no mar, embora algumas formas vivam no solo úmido, em troncos, em rochas úmidas, na neve, no gelo e até no interior de outros seres vivos ou associadas aos fungos (formando os líquens).

Fenômeno  Maré Vermelha






Causado pelo aumento excessivo de certas algas, principalmente de dinoflageladas, provocando um desiquilíbrio ecológico, onde a água adquire a coloração vermelha. 
Provocada por alterações na salinidade, aumento da temperatura da água do mar ou pelo excesso de sais minerais, originados do despejo doméstico ou trazidos por correntes marinhas e que sustentam uma população maior de dinoflagelados
Esse fenômeno acaba quando essas condições deixam de existir, o que pode ocorrer, por exemplo, com a formação de ventos que dispersam as algas e diminuem a temperatura da água. 
O aumento da população é seguido de morte em grande escala das algas. Dependendo da espécie, são liberadas substâncias tóxicas que envenenam e matam milhares de seres aquáticos. 
A ingestão de peixes e moluscos contaminados também pode envenenar o ser humanos no, que apresenta, então diarreia e problemas respiratórios e cardiovasculares. Se a quantidade de toxinas ingeridas for muito alta, a pessoa pode morrer. Sendo assim, é preciso que a população seja alertada e que a área seja interditada.
As algas são unicelulares, autótrofas – porque são fotossintetizantes – e, por isso, apresentam clorofila, de três tipos – A, B e C. são subdivididas em 3 filos:


  • Euglenophyta

Algas que fazem fotossíntese, mas que apresentam característica especial. Quando estão em local pouco iluminado, que impossibilite a fotossíntese, se alimentam como um protozoário.
Alguns protozoários são heterotróficos, mas estão nesse grupo porque descendem evolutivamente de protozoários autotróficos que, ao longo do tempo, perderam o cloroplastos.
As euglenas se reproduzem por divisão binária longitudinal, não foi observada reprodução sexual nesse grupo.




  • Crysophyta

Apresentam carcaça externa, à base de sílica, muito utilizada na fabricação de abrasivos e polidores de metal. A indústria recolhe as carcaças das algas mortas, depositadas no fundo de oceanos e mares. 
A reprodução pode ser assexuada, por bipartição, ou sexuada, com produção de gametas.




  • Pirrophyta

São capazes de emitir luz, por um processo bioquímico. Alimentam-se de material bioquímico, reproduzindo-se rapidamente. Quando aumentam muito, depositam mais resíduos nas águas, deixando a água mais tóxica, matando peixes e frutos do mar.
A reprodução nessas algas ocorre por divisão binária.