quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Reprodução Sexuada

Ciclo reprodutivo:
  1. Fungos aquáticos: há a produção de gametas flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos. 
  2. Fungos terrestres: existe um ciclo de reprodução no qual há produção de esporos por meiose. 
Desenvolvendo-se, esses esporos geram hifas haploides que posteriormente se fundem e geram novas hifas diploides, dentro dos quais ocorrerão novas meioses para a produção de mais esporos meióticos. A alternância de meiose e fusão de hifas (que se comportam como gametas) caracteriza o processo como sexuado.

A figura abaixo ilustra um ciclo de reprodução genérico, válido para a maioria dos fungos. 

  • Muitos alternam a reprodução sexuada com a assexuada. 
  • Em outros, pode ocorrer apenas reprodução sexuada ou apenas a reprodução assexuada.




De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos se inicia com a fusão de hifas haploides, caracterizando a plasmogamia (fusão de citoplasmas). 
Os núcleos haploides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica, n + n).

Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diploides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haploides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).

Algumas curiosidades merecem ser citadas a respeito da fase sexuada da reprodução:

  1. Antes de ocorrer plasmogamia, é preciso que uma hifa "atraia" a outra. Isso ocorre por meio da produção de feromônios, substâncias de "atração sexual" produzidas por hifas compatíveis;
  2. Em muitos fungos, após a plasmogamia decorre muito tempo (dias, meses, anos) até que ocorra a cariogamia;
  3. A produção de esporos meióticos, após a ocorrência de cariogamia, se dá em estruturas especiais, freqüentemente chamadas de esporângios.

Classificação dos Fungos



Trata-se de um grupo muito antigo (mais de 540 milhões de anos) e existem muitas dúvidas a respeito de sua origem e evolução.





Quitridiomicetos:
  • Constituídos por cerca de 790 espécies, são os prováveis ancestrais dos fungos.
  • Vivem em meio aquático e em solos úmidos próximos a represas, rios e lagos. 
  • Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e, muitas vezes, parasitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. 
  • Algumas espécies causam considerável prejuízo em plantas de cultivo (alfafa e milho).




Ascomicetos:
  • Com cerca de 32.000 espécies, são os que formam estruturas reprodutivas sexuadas, conhecidas como ascos, dentro das quais são produzidos esporos meióticos, os ascósporos. 
  • Incluem diversos tipos de bolores, as trufas, as Morchellas, todos filamentos, e as leveduras (Saccharomyces sp.), que são unicelulares.




Basidiomicetos:
  • Com cerca de 22.000 espécies, são os que produzem estruturas reprodutoras sexuadas, denominadas de basídios, produtores de esporos meióticos, os basidiósporos. 
  • O grupo inclui cogumelos, orelhas-de-pau, as ferrugens e os carvões, esses dois últimos causadores de doenças em plantas.



Zigomicetos:
  • Com cerca de 1.000 espécies, são fungos profusamente distribuídos pelo ambiente, podendo atuar como decompositores ou como parasitas de animais. 
  • Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em frutas, pães e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.





Deuteromicetos:
  • Constituem um grupo de fungos que não se enquadra no dos anteriores citados. 
  • Em muitos deles, a fase sexuada não é conhecida ou pode ter sido simplesmente perdida ao longo do processo evolutivo. 
  • Reproduzem-se assexuadamente por meio da produção de conidiósporos. 
  • A esse grupo pertencem diversas espécies de Penicillium (entre as quais a que produz penicilina) e Aspergillus (algumas espécies produzem toxinas cancerígenas).



Nenhum comentário:

Postar um comentário